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Sobre

Há duas formas de apresentar minha pintura. A romântica e a objetiva; prefiro a romântica. 

Um dia, no ano de 2005, conheci o Osmar Pinheiro na Galeria Virgílio, onde ele tinha um espaço para pintar.

Mostrei algumas pinturas que fazia, ele gostou e todas as quintas-feiras a noite, um grupo de artistas e eu nos encontrávamos para pintar e conversar; era ótimo, pois gostávamos de tudo aquilo que faz parte do mundo da arte.  Eu adorava ver uma tela toda branca e poder pintar sobre ela. 

O Osmar quase não interferia, só mesmo na hora certa, onde às vezes, por minha insistência em tentar fazer a tela perfeita, eu certamente ia estragar um ótimo trabalho.

Aprendi muito com ele e numa noite, no ano de 2005, usando só cores verdes e um ou outro risco avermelhado, fiz uma pintura onde o pincel corria solto na tela. Em 2011, a peguei de novo e pintei estrelas e flores que flutuavam na superfície. Eu a chamei de "Osmar num Céu Florido", pois é onde  imagino que ele está, rodeado pelas flores que adoro. 

Voltando ao passado, em  2007 fiz com meus amigos, a "Coletiva de Artes do b_arco", na supervisão do Fabio Miguez. A Bel Pinheiro, dona da galeria Virgílio foi quem organizou esta mostra e foi tudo perfeito.

As paredes foram sorteadas e a minha  permitiu que eu colocasse uma tela grande; havia uma boa distância para ser vista e uma ótima iluminação; _ isto é fundamental, porque a parede e a tela tem que ser perfeitas uma para a outra.

Decidi fazer um quadro enorme, prendi o canvas na parede, colocando as tintas e pincéis ao meu lado; olhei para a imensidão branca e comecei, indo de um lado a outro, dando pinceladas vigorosas e como sempre, sem planejamento algum, pura intuição.

Peguei os azuis, o branco, os verdes, amarelos e laranjas, o pincel indo na vertical e horizontal e a tela começou a tomar seu rumo, a decidir o que estaria nela.

Mas, na medida em que me afastava para ver o que tinha feito, eu via que haviam duas telas distintas, um dos pedaços era pura influência de Vincent Van Gogh e o outro, de Monet.

Tentei inutilmente fazer a fusão, pegar uma ponta e juntar na outra.

Aí, o Fabio Miguez sugeriu cortá-las, aceitei a ideia e juntos, pegamos o estilete. Sempre digo que elas são minhas gêmeas não idênticas e as chamei de Mistério I e Mistério II, pois até hoje não entendi como as fiz, cheias de segredos, onde o azul da água mostra uma sombra que me parece ser um barco.

Nesta exposição, uma das convidadas à Vernissage, minha amiga Cassia, se encantou com uma delas, a Mistério I e a tem como uma das "artistas principais" em sua casa; outras pessoas gostaram da minha pintura, fiz telas para elas e depois fui apresentada à curadora Carmen Pousada, hoje minha amiga. Com ela comecei as exposicões e com os anos mais pessoas apareceram: A Tania Sciacco, a Rejane Tacchi, a Danielle Araújo, a Vera Bekin, o Enock Sacramento, e todos os novos amigos que fiz através da minha pintura. A todos agradeço muito!

Um dia percebi que da mesma forma que Jackson Pollock que começa sua pintura a partir de um pingo na tela, eu costumo fazer o mesmo; a primeira pincelada fica o tempo todo, eu a preservo. 
O que gosto mesmo é de me divertir quando estou entre tintas e pincéis, sentindo a liberdade de fazer o que quero. Escuto uma musica e neste momento me cerco da beleza, da harmonia e da felicidade.

Quanto ao personagem "Rosely”, quem quiser saber mais sobre mim, deve olhar atentamente minhas pinturas.

Tudo o que já vi, que vivi e que senti estão nelas.

Acrílico sobre tela
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Acrílico sobre tela
Acrílico sobre tela

Rosely Lis

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